A partir de hoje em nossas mensagens faremos uma reflexão sobre a 'Igreja' e seus diversos 'modelos', sob o tema: 'O cristão e a cultura'.
Com certeza o problema da relação do cristão com a cultura é tão antigo quanto o próprio cristianismo. O Novo Testamento deixa claro que no primeiro século havia profundas diferenças de opinião sobre como os cristão deviam se relacionar com a cultura. Não obstante, o Cristo da Bíblia é o Cristo de uma cultura (judaica). A encarnação, o supremo ato de comunicação na história, significa que Cristo tornou-Se parte da cultura e não pode ser compreendido fora dela. Assim também não se pode viver em Deus sem viver no mundo.
A palavra 'cultura' deriva de 'agricultura'. E agricultura é a atividade de preparar a terra para torná-la melhor do era a princípio - arando, adubando e cultivando, sem alterar a sua natureza. Não nos esqueçamos que os procedimentos agrícolas não produzem as plantas; eles criam condições para que as plantas cresçam. Da mesma forma, não podemos produzir Igrejas ou líderes; mas precisamos criar condições para que as Igrejas e os líderes cresçam. O que podemos fazer é plantar, o crescimento e a colheita não dependem de nós.
À medida que uma religião se desenvolve, ela precisa se orientar tantoem relação à cultura de suas origens quanto em relação às culturas contemporâneas com as quais interage - e cada uma dessas culturas apresenta possibilidades alternativas que a religião pode rejeitar, modificar ou acabar adotando.
É preciso considerar esta interação observando uma possível relação de simbiose entre o espaço e o tempo; entre o tempo e a eternidade; entre o Evangelho e a cultura; entre a Igreja e o mundo e entre o sentido e a forma.
Lanço uma pergunta para nossa reflexão: A cultura 'vivida' pela fé cristã se contitui segundo critérios inerentes à fé ou por meio da interação entre a fé e a cultura?
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