À Igreja Presbiteriana no Castelo,
Cremos que o versículo acima sintetiza a vida do meu pai, que desde o seu nascimento experimentou alguns milagres (parto prematuro, riscos cardiológicos que lhe levaram a duas cirurgias etc.). Em tudo, Deus Pai esteve presente, concedendo-lhe vida. Além disso, vocacionou-lhe para o sacerdócio, iniciado em 1990 e exercido, com dedicação e comprometimento, até 30/06/2022, quando foi chamado por Aquele que lhe deu a vida e operou milagres durante a sua existência.
Para quem crê, a sua conversão em 29/02/1976 foi o seu “novo nascimento” e a passagem para a vida eterna. A morte, física, foi o seu meio de “migração” para viver ao lado de Deus Pai.
O que descrevemos acima não anulam o luto e as dores pela partida do papai, que não podemos dimensionar. Ele, certamente, já nos faz falta, e isto nos acompanhará, pois ele foi de suma importância para todos nós, sobretudo pelo seu exemplo e testemunho cristãos – doçura, empatia, serenidade, fidelidade a Deus, comprometimento com a sua missão e amor pelo próximo.
No entanto, temos certeza de que ele “migrou” para um destino muito melhor, que está ao alcance de todos nós, mediante a fé em Cristo. E isto nos consola, conforta, e nos dá força para seguirmos em frente, como ele mesmo esperaria que fizéssemos.
Nós, familiares, agradecemos muito por tudo que recebemos desde a partida do papai – o carinho, o abraço, o afago, o consolo, a força, o ânimo, a solidariedade, a empatia, a atenção, a consideração, o ombro, o choro... enfim, de vocês nós recebemos muito, e por isto somos gratos, e esperamos poder retribuir-vos, à altura, por tudo fizeram, e têm feito, por nós.
A vocês, a nossa gratidão
Vilma, Thiago, Priscila, Thaís e demais familiares.
“A gratidão é alegria, repitamos, a gratidão é amor. É por isso que ela se aproxima da caridade, que seria como “uma gratidão incoativa, uma gratidão sem causa, uma gratidão incondicional, assim como a gratidão é uma caridade segunda ou hipotética”. Alegria somada a alegria: amor somado a amor. A gratidão é nisso o segredo da amizade, não pelo sentimento de uma dívida, pois nada se deve aos amigos, mas por superabundância de alegria comum, de alegria recíproca, de alegria partilhada. “A amizade conduz sua dança ao redor do mundo”, dizia Epicuro, “convidando todos nós a despertar para dar graças.” Obrigado por existir, dizem um ao outro, e ao mundo, e ao universo. Essa gratidão é de fato uma virtude, pois é a felicidade de amar, e a única”.
(André Comte-Sponville, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes)
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